O próximo ano afigura-se muito provavelmente como o ano de grande revolução no marketing.
Não só porque o 5G vem revolucionar todo o universo digital, mas porque apostar em nichos de mercado vai ser ainda mais essencial se pretende escalar o seu negócio. O marketing de “massas” é uma estratégia menos relevante e isso já não é de agora.
Mas porquê nichos? Uma das principais mudanças geradas pela transformação digital é precisamente o consumidor deter mais poder sobre as marcas. Mais exigente, ele quer ser impactado de acordo com os seu gostos, preferências, problemas e desejos. Como resposta, as empresas devem investir cada vez mais na segmentação, que é como quem diz, trabalhar nichos de mercado.
Permita-me ser nostálgico e voltar atrás no tempo como alguém que sente enorme orgulho no trabalho desenvolvido… No setor onde trabalhei, a minha preocupação enquanto responsável de Marketing era explorar nichos, pois tínhamos imensos e distintos produtos e uma posição de liderança no mercado que “obrigava” a inovação.
Destaco um dos melhores exemplos, que foi a criação de um produto para plantação direta, para a construção de hortas em qualquer local. O saco de cultivo permitia a qualquer pessoa plantar e colher os seus hortícolas frescos e biológicos, sem qualquer tipo de complicação. Além de ser um produto que reforçou a notoriedade da marca, criou um impacto positivo na vida de muitas famílias portuguesas e foi um sucesso de vendas. E porquê? Porque se percebeu que esta seria uma tendência e garantidamente uma certeza. Aproveitámos um nicho, uma “moda” ou estilo de vida, como preferirem, onde permanecemos sem qualquer concorrência durante muito tempo.
A estratégia desse produto foi também a aproximação aos mais novos e por consequência os pais, pois era uma tarefa ideal para ser feita em família, focando o lado mais emocional, destacando valores que se vinham a perder na sociedade.
Resumindo, nichos sempre existiram e devem ser trabalhados, mas agora ainda mais. Não falo apenas alcançar um público mais jovem, mas também explorar a mercados emergentes e outros que crescem com diferentes variantes dentro do mesmo mercado. Vejamos o exemplo da comida saudável / dieta / estilos de vida, onde existem várias “tribos”, sendo o Paleo uma das que mais se destacam. E por ser tão grande, não tardará a existirem marcas, insígnias, etc… apenas focados nisto. Vejamos também o exemplo do setor automóvel, que hoje em dia apresenta uma proposta de valor para vários nichos, com comunicações distintas.
Ao mesmo tempo, existe muito mais concorrência e a diferença nos produtos / soluções é cada vez mais reduzida. Mas a única coisa que o separa verdadeiramente da concorrência a seguir à estratégia, é sem dúvida o branding. Este é um fator crítico de sucesso que deve ser devidamente trabalhado e nunca foi tão importante como agora.
Uma marca deve trabalhar o branding para ser única ao ponto de nem precisar de referir / mostrar o seu nome / marca para saber que é esta ou aquela marca que está a comunicar. Não precisamos de ver o logotipo da Mc Donald’s para perceber quem é determinada comunicação, basta olhar para as cores. Assim como uma garrafa de Coca-Cola não precisa de ter o seu logotipo para ser identificada. E até mesmo nos automóveis, atualmente conseguimos identificar marca e modelo através dos seus faróis dianteiros e traseiros, tal é o design e tecnologia que possuem. E se quisermos voltar atrás no tempo, quem não identifica a marca de automóvel com os seus faróis redondos, que conferem um aspeto “agressivo” e desportivo ao mesmo tempo? Isso mesmo, é a BMW.
Mas o que são afinal tendências?
O Fortnite não é cada vez mais uma aposta por parte de algumas marcas, a Rolls Royce não “abandonou” o seu lado mais conservador e mostra agora um lado mais irreverente na sua comunicação, nem a Delta lançou o Delta Kids, assim como a Pandora criou um novo conceito de marca ou a Pescanova está apostada em ser uma marca mais jovem, nem o Lidl tem uma grande proximidade com os mais novos constantemente, só porque sim.
Está toda uma estratégia bem definida (muito provavelmente também pelo facto de algumas marcas estarem a atingir o seu ciclo de vida mais maduro) e em todos os casos referidos têm um denominador comum, reforçar a presença destas marcas juntos de públicos mais jovens (e influenciar diretamente os mais velhos) e explorar nichos. Afinal eles são o Futuro, o Futuro das marcas. Não se trata de colher agora, mas preparar o amanhã. E isto é executar um bom marketing ?
Lembre-se… a melhor tendência é sempre a sua tendência.
É preciso ter em mente de que as ferramentas vêm e vão, mas o Marketing será sempre Marketing.
Ante de qualquer ferramenta vem a Estratégia, o Branding e Awareness, o Marketing, os Valores, o Propósito da marca para com as Pessoas e Sociedade e em particular para quem quer comunicar (uma marca deve ser essência e não aparência e deve ter um impacto positivo num desenvolvimento sustentável da sociedade), a criação de um Conceito (a Mercedes-Benz criou o conceito de um coupé familiar com o modelo CLS e os principais concorrentes seguiram o mesmo caminho), entre muitas outras coisas.
É este o diferencial competitivo entre as empresas. Quem planear, implementar, analisar, adaptar-se e pensar não apenas no curto prazo, mas também no médio / longo prazo, tem mais oportunidades de sucesso, através de um crescimento sustentável.
“Se não sabemos para onde queremos ir, qualquer caminho te levará ao destino.”
Lewis Carrol
Por isso, esta é a minha tendência ano após ano.
Marketing é Estratégia, antes de qualquer ferramenta.
A tecnologia muda o comportamento, mas não as necessidades. O que espera o consumidor das marcas? Que atendam às suas necessidades e desejos.
Não podemos fugir delas e devemos pelo menos acompanhar e perceber as principais tendências e como podem influenciar práticas e estratégias de marketing.
Depois de tudo o que vi, li e assisti ao longo do ano, percebi e identifiquei alguns denominadores comuns que podem marcar o marketing em 2020. Um deles é o fator tempo (ou a falta dele).
Poupar, rentabilizar… o quê? O Tempo, pois claro. É por aqui que vou começar
As ferramentas digitais são cada vez mais multitarefa e destaco por exemplo o Mailchimp, que atualmente é muito mais que uma simples plataforma de E-mail marketing.
Foi evoluindo e hoje, além da criação de landing pages, ferramenta de CRM, automações e integrações com outras plataformas como o Google Analytics e redes sociais, ads, etc… tem agora um editor (ainda na versão beta) para criação de websites.
Ou seja, muito do universo que compõe o marketing digital existe no Mailchimp.
Outro bom exemplo é o Canva, que para além da criação de imagens, agora também possibilita a edição de vídeo. Mais um reforço de que o vídeo aquele conteúdo essencial.
Falar de tempo, é falar de Automação.
Quanto mais digitais, mais humanos temos de ser… isto é bem verdade, mas num mundo que mais parece um comboio de alta velocidade, é preciso adotar medidas que agilizem o tempo e recursos de que dispõe.
A automação está acessível a todos atualmente, desde as coisas mais básicas até às mais complexas.
Qualquer empresa pode criar simples automações de E-mail marketing, um chatbot para o primeiro contacto tanto no Facebook Messenger ou WhatsApp, entre outras.
Além disso, permite de uma forma discreta, recolher informações personalizadas logo no primeiro contacto, para que possam ser trabalhadas posteriormente.
Mas atenção, deve usar, mas não abusar. No caso dos chatbot’s, estes devem ser o mais humanos possível e na dose certa, afinal o ser humano continua a privilegiar falar com pessoas, não com máquinas.
E isto leva a outra “tendência”, ou melhor, para mim o reforçar de uma certeza. Sim é isso mesmo, o E-mail Marketing.
Esta fantástica ferramenta de marketing digital quando bem utilizada é das melhores ferramentas para conversões.
O E-mail marketing é também muito útil ao nível da personalização.
Mas se é verdade que enviar E-mails personalizados com base nas preferências e histórico é algo complexo, também é verdade que poderá resultar num aumento das vendas. Por isso deve investir aqui algum esforço adicional e implementar um bom funil para nutrir e vender.
Resumindo, com os conteúdos certos e as automatizações a funcionar, é uma estratégia bastante eficaz, até porque liberta tempo para outras tarefas importantes, como análise de dados.
Mas usar sem abusar… ninguém gosta de receber E-mails com demasiada frequência, pois isso pode afastar potenciais clientes.
A personalização.
Aquele “novo” marketing que sempre foi e é cada vez mais relevante no relacionamento e conversão de clientes, muito por culpa da infinidade de informação que nos chega todos os dias. E muito vai mudar com a chegada do 5G (abordo o tema mais à frente).
O foco do marketing sempre foram as Pessoas, não é uma “moda” de agora e cabe às marcas comunicar, fidelizar e criar relações, ao mesmo tempo que entrega valor de forma segmentada, direcionada para o seu público.
Quem nunca recorreu a catálogos personalizados ou mesmo postais de Natal, entre outros? Um bom exemplo é sem dúvida a Kaiser + Kraft.
Enquanto responsável de Marketing, esta foi sempre uma das estratégias de relacionamento e fidelização, e com resultados muito bons. Afinal todos gostamos de ser “mimados” e sentir que somos importantes para determinada marca.
O digital veio ajudar imenso na personalização. Não há desculpas para não conseguir segmentar a sua comunicação de acordo com gostos, preferências ou géneros, por exemplo. E mais que isso, vivemos num mundo de experiências, e o digital permite personalizar e melhorar todas as experiências, tanto no online como offline.
Alguns exemplos de personalização:
- Uma Sticky home page. Através das preferências guardadas via Cookies, consegue melhorar a experiência do utilizador. Sempre que este entra no seu website / ecommerce, apenas é mostrada informação relacionada com as escolhas do utilizador. Um ótimo exemplo é a Amazon;
- A mesma informação permite, por exemplo, enviar um voucher personalizado com nome e algo relacionado com os seus gostos por correio, com um QR CODE para aceder a determinado link, também ele personalizado;
- Personalizar anúncios para os utilizadores tendo por base as suas preferências e dessa forma melhorar a experiência do utilizador com anúncios mais relevantes;
A Voz no Comando.
E porque abordei o fator “tempo”, vou agora abordar a Otimização por voz. Sim, considero das coisas mais importantes a implementar em 2020 pelo simples motivo de que o “novo” consumidor é mais impaciente e procura executar tarefas e ter respostas rápidas.
A internet existe para facilitar a vida no dia-a-dia e essa é uma responsabilidade das marcas que pretendem manter uma relação com o seu público e facilitar o seu contato ou interação e ganha outra “voz” com a interação por voz.
Com a rápida adoção da pesquisa móvel em movimento e o crescimento exponencial do mercado de assistentes de voz inteligentes, facilmente podemos concluir que a pesquisa por voz é o futuro no presente.
A maioria das novidades do Google assentam nela e isto indica claramente o caminho a percorrer. O Assistente da Google já está em Português de Portugal e funciona muito bem. Por exemplo no Google Maps, é muito mais rápido e simples na hora de definir uma rota.
Resumindo, nunca foi tão fácil “falar” com o smartphone e executar tarefas de forma tão rápida, mesmo em movimento.
Mas porque a voz é uma “necessidade” e como podemos aproveitar todas as vantagens da voz?
Se o propósito da internet e tecnologia é facilitar a vida do utilizador, pode começar pelo mais simples, implementar uma pesquisa por voz dentro do seu próprio website ou loja online.
Faz algum tempo que está implementado como teste num cliente e os resultados e feedbacks estão a ser acompanhados para melhorar tudo o que for necessário antes da sua divulgação. Mas atenção, é uma tecnologia que ainda não funciona em todos os browsers sejam mobile ou desktop, mas é uma questão de tempo até que tudo seja uniformizado.
No caso do ecommerce, também as compras por voz estão a aumentar…
Pode consultar aqui um artigo sobre como se preparar para a Pesquisa por Voz.
A nível de SEO o que muda?
Torna-se então importante a otimização do seu website ou loja online para pesquisas por voz – é preciso mudar a forma de trabalhar parte do SEO, o que significa que vai ter de mudar a forma como o seu conteúdo é feito.
Ou seja, a otimização de palavras-chave de cauda longa (long tail) tornam-se mais importantes do que nunca, baseadas num discurso simples e natural, como se tratasse de uma “conversa”.
A otimização para pesquisa com base em perguntas também fornece visibilidade de pesquisa adicional através da possibilidade de aparecer nos resultados “As pessoas também perguntam”, como pode ver na imagem seguinte:
Dito isto, a otimização para “As pessoas também perguntam” ajuda a:
- Otimizar o conteúdo para pesquisa por voz;
- Obter visibilidade de pesquisa adicional nas caixas “As pessoas também perguntam”.
Como procurar palavras-chave para voz?
O normal ao realizar um estudo de palavras-chave relevantes é escolher apenas aquelas baseadas em volume de pesquisa, CPC, entre outros fatores.
Mas para a pesquisa por voz, é necessário também verificar se a palavra-chave é conversacional.
Segundo a Google, palavras-chave com sons naturais receberão um grande impulso no volume de pesquisas à medida que a pesquisa por voz crescer.
E ao que parece, o oposto também é verdadeiro: se uma palavra-chave parecer robótica, espere que menos pessoas pesquisem esse termo nos próximos anos.
Brand Awareness
Investir no “brand awareness” de uma marca tem muito que se lhe diga, mas é realmente importante e deve ser sempre pensado de forma omnicanal, de modo a criar uma experiência que não é apenas extraordinária, mas também muito consistente e mais prática.
Por outro lado, sendo um dos maiores diferenciais entre marcas, o “branding” deve ser pensado e combinado de forma inteligente com todos os outros meios disponíveis, quer dentro do próprio ecossistema digital, quer no offline.
Construir uma consciência de marca leva a outra necessidade, a necessidade de investir em publicidade, seja em social media ou motores de busca. É inevitável, já que “quem não é visto, não é lembrado” e com tanta concorrência, é preciso mesmo pagar.
Resumindo, aliar um bom branding a campanhas pagas no digital e em experiências tanto no mundo offline como online.
Crescimento de plataformas de mensagens instantâneas, como o WhatsApp Business.
Só em Portugal duplicou a sua taxa de penetração e um crescimento dos seus utilizadores.
Com uma crescente utilização de utilizadores em Social Media, cresce também a necessidade das marcas se adaptarem e criarem formas de comunicação, relacionamento e suporte direcionadas para onde o seu público está.
E o WhatsApp apresenta-se como uma interessante ferramenta de marketing digital para angariação, nutrição e suporte de “leads”. É muito versátil, já que pode ser utilizado de imensas formas:
- Em Ecommerce, por exemplo para recuperar carrinhos abandonados ou dar suporte sobre cada produto de forma personalizada;
- Criação de um perfil de empresa e de catálogo para pequenos negócios e prevê-se que em breve seja também possível a venda direta. Mais uma aposta no Ecommerce;
- Soluções de personalização, aquele “novo” marketing cada vez mais importante na conversão de clientes;
- Relevante para as campanhas de Facebook Ads, como forma de relacionamento e nutrição com o público, disponível para os seguintes objetivos: Mensagens, Tráfego, Conversões (para website) e Interação com a publicação;
- Pode trabalhar a nível orgânico, partilhando por exemplo, o link para o WhatsApp no copy dos seus posts.
Sugestão estratégica: criar uma conta de WhatsApp Business e começar a testar o WAme Chat no seu website ou Ecommerce. Destaco algumas vantagens deste plugin para wordpress:
- Permite integração com Woocommerce
- Permite definir diferentes tipos de mensagens de forma individual para cada página de website ou ecommerce (e incluir imagem ou vídeo).
- Integração com o Facebook Pixel
- Integração com o Google Analytics
Repare bem nestes dois últimos. Não se trata apenas de analisar, mas também mais uma forma de criar públicos segmentados (personalizados) para as suas campanhas de Ads, tanto em Facebook / Instagram como Google.

Exemplo da combinação de estratégia de marketing com a ferramenta WhatsAapp, em B2B.
O que pode esperar do WhatsApp em 2020:
- Um browser dentro do próprio WhatsApp
- Pesquisa avançada
- Modo escuro
- Filtros e efeitos boomerang
- Partilha de perfil através de QR CODE
Estratégias de marketing para o WhatsApp Business
Saber mais sobre o WhatsApp Business
Redes Sociais
O Futuro no Presente das redes sociais: TIKTOK

Se ainda não ouviu falar, esta é a rede social do momento.
O TIKTOK baseia-se em vídeos curtos de 15 segundos que geralmente oferecem entretenimento com música em segundo plano. Além disso, oferece todas as outras possibilidades das redes sociais.
Há um ano, quando comecei a explorar esta rede, era praticamente desconhecida por cá. Hoje em Portugal, caminha para o milhão de utilizadores.
E pode ser uma plataforma relevante na promoção de marcas?
Definitivamente sim, se pretende uma aproximação a um público-alvo tão específico quanto a “geração Z ou Alpha”, mas também como forma de antecipar tendências, inovar e explorar novos nichos de mercado.
Ecommerce: Atualmente o TIKTOK permite que alguns utilizadores adicionem links para sites de venda online na biografia do seu perfil, além de oferecer aos criadores de conteúdo a capacidade de enviar facilmente os seus seguidores para sites de compras.
Estes dois recursos fazem parte de um teste para melhorar a experiência aos utilizadores nesta rede social.
Isto é um sinal claro de que o TIKTOK está apostado em ser uma opção muito válida ao mesmo tempo que reforça a importância para algo que está a crescer imenso, o Ecommerce.
Por isso é altura de ANTECIPAR TENDÊNCIA: NÃO SER A TENDÊNCIA. Em breve vou partilhar informação sobre a formação que preparei.
Facebook: novo layout aposta nas “stories” e mais destaque da publicidade.
As “stories” são cada vez mais uma ferramenta digital fundamental numa estratégia de marketing e são uma aposta crescente das marcas. Além disso, são poderosas pois têm um potencial criativo enorme.

Versão beta do novo layout do Facebook, ainda com muitos bug’s 🙂
Não só o crescimento em termos de alcance aumentou, como o Facebook e Instagram estimulam o consumo deste tipo de conteúdo. No caso do Instagram, as melhorias e novidades são uma constante.
Naturalmente as stories vão ganhar ainda mais força em 2020, quer para relacionamento como para venda.
A nível estratégico e tendo em conta que todos os dias são bons dias para contar histórias, da nossa marca ou de nós próprios, são uma excelente forma de criar relacionamento com o nosso público através de micro-histórias, os bastidores, aquilo que “não se vê”.
Além disso e de uma forma super descontraída, são uma excelente forma de realizar alguns estudos de mercado.
O Facebook também está a evoluir, através do “machine learning”.
Por exemplo, vai combinar dados e sinais da rede, com informações sobre que os utilizadores partilham e outras ações, de forma a fazer previsões de quem são as pessoas certas para determinada mensagem ou conteúdo. À medida que os utilizadores realizam diferentes ações dentro e fora do Facebook, são criados sinais de intenção que ajudam a rede social a oferecer uma experiência de anúncio mais personalizada. O Facebook fará isto quer para conteúdo orgânico ou pago.”
Instagram e o E-commerce.
Também o Instagram está cada mais focado nas vendas online e por isso procura oferecer opções de anúncios mais avançadas, a fim de ajudar as marcas a maximizar o “engagement” e vendas.
A nova funcionalidade através da Realidade Aumentada está em teste e possibilita aos utilizadores através de anúncios, “experimentar ou testar” artigos antes da compra.
E-commerce, aquele tema quente atualmente, que já vem sendo tendência noutros anos e que é agora uma “afirmação”.
Se é verdade que vender online está a crescer e no caso concreto em Portugal, alcançou valores recorde (e já abordei o tema neste mesmo conteúdo algumas vezes, de diferentes formas), ao mesmo tempo é preciso ter noção que antes de implementar, é necessário perceber se estão reunidas todas as condições para se fazer um bom trabalho e proporcionar a melhor experiência ao utilizador.
Também é verdade que os números existentes indicam que o caminho do ecommerce em 2020 será de mais compradores online, com as aplicações mobile em destaque, mas é preciso lembrar de que…
Ninguém compra o que não conhece. Não basta lançar um ecommerce e está logo a vender. É preciso dar a conhecer a sua marca, trabalhar o brand awareness criar relações e naturalmente surge o interesse e a compra.
E não é por acaso que as reclamações aumentaram cerca de 27%, face a 2018. E o mais interessante, não é por causa dos produtos, mas sim tudo o que está associado ao serviço, desde falhas na entrega, falhas no apoio ao cliente, entre outras.
Consulte em detalhe o cenário de Ecommerce em Portugal no CTT e-commerce Report 2019
Realidade Aumentada e Realidade Virtual no E-commerce.
Um dos maiores obstáculos do ecommerce é a impossibilidade de o cliente tocar, sentir e experimentar produtos antes de realizar uma compra. Isto resulta muitas vezes na não compra porque não consegue sentir se o produto é o adequado. Por exemplo, um casaco, pode visualizar a descrição dos tamanhos, cores e materiais, mas não há como saber se ele realmente assenta bem.
A Realidade Aumentada pode ajudar a superar essa lacuna de confiança, oferecendo aos clientes a capacidade de “experimentar antes de comprar”.
Admirável mundo novo nas compras online
Diferentemente de outras mudanças tecnológicas, a Realidade Aumentada e Realidade Virtual têm o poder de alterar a forma como os utilizadores interagem com as marcas que vendem online.
Experimentar agora dará às empresas uma vantagem competitiva significativa no admirável mundo novo do nosso futuro (cada vez mais) virtual.
O papel da Inteligência Artificial
A incorporação da IA no Ecommerce significa, por exemplo, a possibilidade de se criarem campanhas promocionais personalizadas, tendo por base a localização, o comportamento do cliente, a origem do tráfego e até mesmo as condições meteorológicas do local onde se está a conectar.
Também as campanhas inteligentes do Google Shopping, que recorrem à tecnologia de IA, apresentam resultados muito positivos em campanhas, superando em cerca de 20% o ROI relativamente às campanhas “normais”.
E qual o motivo do melhor desempenho? O robô da Google recorre a um conjunto de informações muito mais ampla que as disponíveis na ferramenta Google Ads.
Resumindo, a Inteligência Artificial não só simplifica a vida do anunciante, como também tornou acessível esta modalidade de anúncio para todas “dimensões” de empresas.
UM EXTRA: Como o serviço “Google Question Hub” vai afetar o marketing digital do Ecommerce.
A Criatividade é uma arma carregada de Futuro.
Possivelmente nunca pensou na criatividade como uma aliada à sua estratégia de marketing.
A criatividade sempre foi relevante, mas nunca foi tão importante como diferencial competitivo e diferenciador no mercado, principalmente porque não havia essa necessidade, face ao menor número de concorrência e todo este poder da autoestrada da informação digital.
Tudo o que analisamos, planeamos e implementamos tem um denominador comum, as Pessoas. E ganha outra dimensão quando falamos em criatividade.
Qual a necessidade da criatividade?
O marketing criativo tem tanto de artístico como empreendedor e uma enorme capacidade de impactar pessoas, de forma mais “leve e divertida.”
A Criatividade é fundamental no Marketing atual. Além de permitir obter vantagem sobre a concorrência, chama a atenção de uma forma inovadora e aporta mais valor para o cliente dos seus produtos ou serviços.
Por sua vez, com uma concorrência cada vez menor nas diferenças entre os produtos ou serviços, a criatividade e originalidade são pontos fortes a serem explorados pelas empresas.
O Marketing Criativo está relacionado com a atração para algo criativo, de preferência original, diferente, inovador, humorado, que origine uma maior consciência para a sua marca.
Não menos importante, o marketing criativo não é uma “coisa apenas artística”. É muito mais que isso. Consiste em incluir esse lado na estratégia de marketing das empresas, de forma planeada, contínua e acima de tudo sustentada e fundamentada.
É algo único de cada empresa e não pode ser copiado nem criado pela tecnologia.
Mas sabia que o Machine Learning pode influenciar o processo criativo? Não, não é substituir um humano. A única relação entre Tecnologia e Criatividade será aprender com a inteligência artificial e a informação que fornece, para inspirar a melhores e maiores ideias criativas.
Combinar criatividade com tecnologia vai concerteza levar a campanhas mais impactantes e eficientes.
Além disso, a Criatividade é uma boa estratégia para contornar algoritmos nas redes sociais a nível de alcance e engagement.
Já tem a sua fórmula criativa? Pense numa. Também estou disponível para falarmos ?
Novo paradigma do 5G entre o Marketing, as relações humanas e a tecnologia.
O 5G promete downloads super-rápidos, velocidades altas de upload, cobertura muito mais ampla, conexões mais estáveis e também mais dispositivos a aceder à internet em simultâneo.
Isto significa desde logo aumentar a probabilidade de alcançar mais pessoas ao nível de publicidade em todo o mundo e em qualquer lugar.
Como vai melhorar a experiência do consumidor?
Muito simples: permitirá que os consumidores experimentem ofertas de conteúdo mais sofisticadas com muito mais rapidez do que antes e muito melhores a nível de experiência de utilizador. Por exemplo, vai reduzir o tempo de carregamento de websites e lojas online e tornará o acesso ao conteúdo mais fácil do que nunca.
Como o 5G vai afetar o Marketing Digital: A oportunidade de marketing e publicidade direcionada para mobile
O 5G não promete apenas melhorar a experiência do consumidor, como é uma oportunidade e um desafio para profissionais de marketing. Porquê? Porque com o 5G a utilização de dispositivos móveis vai crescer e fazer cada vez mais parte da vida dos consumidores.
O que nos leva a mais uma orientação estratégica: os dispositivos móveis muito provavelmente vão tornar-se o principal dispositivo de todo o mundo. Logo vai exigir uma maior ousadia por parte das marcas no que diz respeito a aproveitar em seu benefício as novas oportunidades de comunicação que vão surgir.
Isto representa, naturalmente, uma oportunidade real para o ecossistema da publicidade móvel.
O 5G vai permitir executar formatos de publicidade mais avançados, como vídeos de alta definição ou anúncios interativos. Sim, conteúdo em vídeo será ainda mais importante.
Irá transformar a experiência móvel “tradicional”. Por exemplo, o 5G vai permitir um utilizador assistir a um jogo de futebol diretamente no seu smartphone sem falhas e em alta qualidade. Quem anuncia, pode aproveitar esta nova forma de consumir conteúdo e mostrar anúncios personalizados durante o intervalo do jogo.
Resumindo, com a vinda do 5G:
- A personalização vai ser cada vez relevante à medida que os acessos à internet e utilizadores vão aumentar, com conexões possíveis a partir de locais mais remotos, por exemplo. Este novo fator é mais um dado a acrescentar à segmentação de pessoas, com a personalização e comunicação direta a tornarem-se cada vez mais importantes;
- A realidade aumentada vai-se ser uma realidade diária. Não é uma novidade, mas a sua utilização tem sido sempre limitada devido à velocidade das conexões.
- O 5G vai permitir apresentar mais anúncios para mais pessoas muito mais rapidamente do que antes.
- O Analytics será possível em tempo real. O 5G permitirá a integração em tempo real de uma ampla gama de ações, impressões, resultados, entre muitos outros insights.
- A importância do vídeo aumentará ainda mais. Visualizar vídeos em movimento ou em direto, por exemplo, não será mais um problema, com o aumento de velocidade da internet através do 5G.
Por fim, analisar, analisar, analisar:
Analisar sempre, mas de nada vai valer se não souber o que analisar. E infelizmente acontece tantas vezes.
Estratégia e dados andam de mãos dadas. Vejamos de uma forma muito simples. Sem estratégia, não vai ter objetivos definidos. Sem objetivos não vai conseguir definir KPI’S e métricas, entre outros, logo não vai saber o que deve analisar e como analisar.
As decisões passam a ser mais “data-driven”. Basear estratégias e ações em dados permite refinar as mesmas.
Isto significa que deve existir uma maior preocupação em análises em tempo real, acessíveis através de soluções de “business intelligence”, como o Google Data Studio.
Concentrar análises numa única plataforma otimiza tempo e dinheiro, já que será possível agregar diferentes tipos de análises numa única plataforma, aceder à informação em tempo real e agir mais rapidamente.
Data Analysis Automation: se há coisa fantástica, esta é uma delas.
A minha tendência na otimização para mobile, tendo em conta os telefones “dobráveis”
A Samsung e a Huawei podem ter “definido” o futuro dos smartphones.
Todos sabemos que o smartphone é o equipamento de eleição para aceder à internet e os tablets caíram em desuso.
Mas será que este tipo de equipamentos como o Samsung Fold e o Huawei Mate X, não trará novamente a necessidade de uma correta otimização para um “formato tablet”?
Passo a explicar:
Se analisar o seu Google Analytics, certamente vai reparar que os dispositivos mais utilizados para aceder ao seu website / ecommerce serão smartphone e computador e o tablet ou não terá qualquer referência, ou então será numa percentagem muito baixa.
O tamanho de ecrã de um tablet varia entre 7 a 10” e o do Samsung Bold, por exemplo, tem 7.3”, quando aberto. Isto significa que o nosso website, ecommerce ou app’s, por exemplo, devem suportar a “continuidade da aplicação” ao abrir o equipamento, ou seja, deverá estar devidamente otimizado para aquele “novo” formato.
É um equipamento caro e com uma utilidade muito profissional…
Isto significa que se trabalhamos em B2B e caso venha a existir esta opção de segmentação em Ads, então temos mais uma parâmetro que confere mais hipóteses de comunicar com o seu público.
Em jeito de conclusão:
Tendências, certezas e desafios dos quais se torna inevitável não falar.
Algumas já vêm sido abordadas noutros anos, como que a prever o que iria acontecer, a servirem de “lembrete” para as marcas se preparem e antecipar o que se confirma em 2020.
Mas mais do que qualquer tendência, em primeiro lugar vem o marketing. Porque o marketing não são apenas ferramentas, é estratégia.
E é aqui o ponto chave que considero relevante para o sucesso ou não da implementação de qualquer ferramenta digital. Para construir uma casa o primeiro passo é construir os alicerces. De nada vale começar pelo telhado.
#AgiteoSeuMarketing