O Museu Fundação do Oriente teve ontem casa cheia com a 11.ª Conferência Marketeer, cujo tema foi a “Humanização das Marcas”.
Naturalmente a pergunta que se coloca, então como Humanizar uma marca num mundo cada vez mais tecnológico? Nesta publicação vou procurar transmitir os pontos-chave abordados e que considero mais relevantes.
As pessoas gostam de ser tratadas como pessoas, sejam elas o nosso cliente ou recursos humanos da empresa.
Humanizar uma marca pode começar a nível interno e continuar na criação de relacionamentos com o seu público.
O que destaco do dia de ontem:
No caso da Delta, esta humanização começa dentro da empresa. O seu fundador e comendador Rui Nabeiro, acredita que a alma que imprimiu à empresa é de todos os que nela trabalham.
“Quem semeia, colhe. Mesmo que não chova”. Comendador Rui Nabeiro
Para a apresentadora Cristina Ferreira, a Humanização das marcas só funciona se existir um propósito, um foco bem presente do que pretendem para si. Uma marca deve ser capaz de transmitir “calor, afeto e ter coração”.
Deve conseguir envolver as pessoas na marca, seja consumidor ou colaborador.
Deve comunicar com emoção e autenticidade.
Lembre-se, as Marcas são feitas de Pessoas.

Humanização das Marcas
Já para Tim Leberecht, fundador da The Business Romantic Society, “é necessária uma nova revolução romântica”. Segundo ele, é preciso ir além daquilo que é estritamente necessário: apostar somente naquilo que é tradicionalmente considerado crucial para atingir o objectivo definido não irá adicionar emoção. Algo que pareça desnecessário poder ser essencial para diferenciar a marca, especialmente no campo dos valores, paixões e convicções – conceitos que não são palpáveis.
«Devemos tratar as marcas como jardins e não como máquinas. Devemos querer que sejam mais bonitas e não apenas mais úteis», conclui Tim Leberecht, afirmando que a combinação entre inteligência e romance é vital para marcas e negócios mais produtivos e próximos do público.
Impacto da tecnologia na humanização das marcas:
Tim Leberecht defende que a tecnologia poderá ser utilizada precisamente para humanizar as marcas, tudo depende da abordagem escolhida.
A pergunta não deve ser se os robôs serão capazes de pensar, mas, sim, se os humanos serão capazes de continuar a sentir. O problema está do nosso lado e não do lado da tecnologia. Por mais que os robôs e automatização possam vir a eliminar postos de trabalho, e até mesmo colocar um ponto final a determinadas profissões, os humanos terão sempre a vantagem emocional e é em competências desta área que devem investir.
“Fazer o desnecessário, criar intimidade e sofrer (apenas um pouco). São estas as três regras para o romance nos negócios.” Tim Leberecht
Por fim e não menos importante, estes eventos são sempre importantes para estar com pessoas fantásticas e genuínas, como o Jorge Cunha, alguém que estimo bastante. Os mais giros no evento de ontem, sem dúvida ??

Humanização das Marcas